- Postulado por Hutton e desenvolvido por Lyell, refere que os processos que decorreram ao longo da história da Terra foram uniformes e semelhantes aos que ocorrem actualmente. No entanto, há que considerar que os processos naturais que ocorreram no planeta não são totalmente uniformes, nem quanto à intensidade nem quanto ao ritmo. E, por outro lado, esses processos englobam fenómenos de natureza não repetível, como é o caso da transformação de muitos organismos de acordo com as teorias da evolução, que se processou de forma linear, ou seja, não cíclica.
Princípio da Sobreposição de Estratos
- Proposto primeiramente por Steno e desenvolvido posteriormente por Lehmann, estabelece que, numa sequência não deformada de rochas, os estratos mais antigos são os que se situam por baixo na série e os mais recentes são os que se situam por cima.
Princípio da Intersecção
- Toda a estrutura geológica que atravesse outra é mais recente do que a que é atravessada. (Ex: falhas, superfícies erosivas, intrusões ígneas, …)
Princípio da Inclusão
- Se um fragmento de uma rocha A está contido numa rocha B, então a rocha B é mais recente que a rocha A. (ex: conglomerados, brechas, ...)
Princípio da Identidade Paleontológica
- Estabelecido por Smith e desenvolvido por Cuvier, consiste em admitir que, em cada intervalo de tempo da história geológica, os organismos que então existiram e fossilização, foram únicos e diferentes entre si e diferentes dos que encontramos actualmente. Portanto, este princípio permite estabelecer correlações entre materiais de uma mesma idade mas de contextos geográficos distantes, uma vez que muitos organismos tiveram uma distribuição geográfica praticamente mundial. Diz-se então que, se dois estratos apresentarem igual conteúdo fossilífero, têm a mesma idade.
Princípios Fundamentais da Estratigrafia
(Elaborado por Beatriz Lopes Maio)
Referências:
Vera Torres, J. A. (1994) - "Estratigrafia. Principio y Métodos", Ed. Rueda, Madrid, 802 p.