Câmbrico 542 M.a. - 488 M.a.
O Câmbrico é o primeiro dos seis Períodos que caracterizam a Era Paleozóica do Éon Fanerozóico e está compreendido entre os 542 milhões e os 488 milhões de anos, aproximadamente.
O nome deste período deriva de Cambria, que era o nome pelo qual os habitantes do País de Gales chamavam as suas terras, onde foram encontrados os primeiros estratos rochosos deste período.
Existiam quatro continentes no Câmbrico, três pequenos mais ou menos na região entre os trópicos: Laurentia (parte central da América do Norte), Báltica (parte da Europa) e Sibéria (mesma região no oeste russo); e um super continente no sul: Gondwana.
As rochas formadas neste período, largamente dispersas por todos os continentes, contêm o primeiro registo de formas de vida variadas e abundantes. São, na sua maioria, de origem sedimentar e apresentam deposições em mares superficiais que invadiram os continentes em grandes extensões. Alguns destes depósitos têm milhares de metros de espessura.
O Câmbrico foi um período de reduzida actividade tectónica, representando a transição entre a fragmentação continental do final do Pré-Câmbrico e o seu crescimento no posterior Paleozóico, não existindo provas geológicas de colisões entre placas tectónicas nem de elevações montanhosas associadas.
A análise de fósseis e dados paleomagnéticos indica que as massas terrestres estavam dispersas mas nenhuma estava localizada nas regiões polares.
Os climas do mundo eram bem mais quentes e não havia nenhuma glaciação.
O hemisfério norte era quase totalmente coberto por um oceano colossal, ao qual os paleontólogos deram o nome de Pantalassa. Existiam ainda oceanos menores que separavam os continentes no hemisfério sul.
Deu-se uma explosão de vida, conhecida por Explosão Câmbrica. O Câmbrico é considerado o marco inicial da expansão da vida na Terra. A vida em geral era sobretudo animal e em ambiente aquático. A atmosfera terrestre alcançava 10% de oxigénio. No mar a vida era bem desenvolvida e dominada pelos artrópodes e animais simples, muitos com partes duras. A vida terrestre era muito limitada, para não dizer nula.
Embora tenha havido uma variedade de plantas marinhas macroscópicas, é geralmente aceite que não houve plantas terrestres naquela época, embora seja provável que um aglomerado microbiano compreendendo fungos, algas e, possivelmente, líquenes cobriram a terra.
No final deste período, há cerca de 488 M.a. atrás, a Terra enfrentou a primeira grande extinção em massa. As causas da extinção ainda são desconhecidas, embora muitos cientistas aceitem que o mais provável seria uma queda brusca na temperatura do planeta, dando origem à primeira glaciação do Fanerozóico, registada no Ordovícico. Há ainda outra teoria que diz que poderá ter havido uma diminuição na quantidade de oxigénio existente nos mares, o que também poderia ser uma consequência da alteração climática.
Curiosidade:
Em Portugal há registos deste período no Baixo Mondego, na Peneda Gerês e em Portalegre.
Em Portugal há registos deste período no Baixo Mondego, na Peneda Gerês e em Portalegre.
Slides das aulas disponibilizados pelo professor.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Cambriano
http://historiadaterra.no.sapo.pt/hist/11cam.htm
http://www.infopedia.pt/$cambrico
http://www.duiops.net/dinos/cambrico.html